A VERDADE... SIMPLES ASSIM!


Sejam bem vindos irmãos de jornada!
...aqui está uma pequena parcela do nosso trabalho, espero que apreciem e queiram saber da sua verdade.





terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como o reconhecimento faz bem!


Em 18 de novembro de 2013 09:53, Geraldo <geraldomag.fonsec.60@...> escreveu:

Que a
 iu
ausca incrível, fantastica. Em 20 anos que tomo daime nunca vi nada maravilhoso assim no Brasil ou no estrangeiro!

Querido xamã Gideon dos Lakotas e demais irmãos deste Céu único na face da Twerra, sou aquele que chegou na noite de sábado do feitio que encerrou ontem, que fui acolhido prontamente por essa casa. Conheço daime faz 20 anos. Conheço diversas igrejas daimistas em MG e SP, comprei daime por muito tempo em Sorocaba e Piedade, mas a exploração financeira sobre o buscador do caminho por um litro de um daime fraco, aguado,  daime que se tem de beber por cada vez um copo de requeijão cheio e nem sempre vem a força, mas que me cobravam 80 reais o litro dessa coisa aguada ou 220 reais por um litro de daime mais incorpado, mas que também ficava bem a desejar. Eu, e outros também, pagavamos porque não tinhamos onde buscar, estavamos nãos destes mercenários em nome de deus. É uma exploração tiranica, não há qualquer consideração e amor pelo buscador, é vergonhoso e indigno o comercio deslavado que fazem. Mas hoje consigo aiasca com um índio de Rondônia, e tem melhor qualidade e é mais humanizado o tratamento com o buscador. Mas aiuasca como a que experimentei nesse fianl de semana com vocês, essa aiuasca da lua azul, céus, divina assim tem que ser a própria mão de deus na Terra, só pode ser! Não tem como comparar para descrever essa divindade da lua azul que você fazem aí com qualquer aiuasca do mundo, isso dá para afirmar! E aiuasca mesmo, segura, limpa, confiável, feita na nossa frente e o que mais me chamou atenção: fora de drogas e dos drogados. No ritual bebi somente 50 ml e varei a noite na força, fiz o melhor trabalho de minha vida. Houve os que beberam dois calices, mas se arrependeram depois, disseram que um só era mais que o suficiente. Bem que o senhor e o padrinho Junior avisaram antes. O senhor me deu de presente um litro dessa aiuasca da lua azul, e como para um forte trabalho preciso consumir somente 30 ml e não mais que isso, tenho aiuasca para ao menos 30 trabalhos fortes, muito obrigado xamã!
Outro detalhe xamã Gideon, eu perdi um filho para as drogas e o tráfico, era meu único filho. Poreque o amava e ele sabia que eu não iria abandoná-lo, sofri muito com as mentiras e desconsideração dele, por fim o mataram. Por ter sido marcado assim é que percebi que aí com vocês, os drogados, viciados, esses maconheiros por opção, cheiradores por opção, queimadores de pedras opção, e outros vagabundos do tipo, escórias oportunistas e vermes humanos miseráveis e improdutivos na vida, gente que só subtrai, diminui e divide, porque não buscam por ajuda mas sim por um enconsto para continuar na merda que vivem e fazerm viver seus pais e família, aí nessa obra eles não tem vez, logo que identificado, o que é muito rápido, são expulsos ou convidados a seguirem outro caminho onde haja quem aceite em sustenta-los porque nada produzem e fazem da vida,  ou suporta-los porque vivem numa miséria e frustação com a vida, mas sempre se colocando de vítima de tudo e todos. É essa firmeza de pôr este tipino de gente parasita pra correr o que mais me causou admiração por vocês, o que mais me mostrou a seriedade e calibre espiritual que possuem.
Passar 03 dias num feitio de aiuasca dando despesa à casa e consumindo a  melhor aiuasca do mundo na quantidade que desejar, desde que prudente, tudo isso por 120 reais e ainda poder levar dessa divindade única para casa, só mesmo aí no Céu Nossa Senhora da Conceição!
Abraços, Geraldo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Feito da Lua azul 15, 16 e 17 de Novembro, e obtenha sua Mega Ayahuasca ainda quentinha da fornalha para o altar de sua casa...


                Queridos, temos recebido inúmeros pedidos para realizarmos novamente o feitio da Lua azul, tal qual um mês atrás... Bom, sendo assim, O que acha de outro feitio de ayahu
a
sca da lua azul para o feriadão de dias 15, 16 e 17 de Novembro?  Ensino a todos a fazerem sua própria mega ayahu
a
sca Lua Azul e a fazemos todos juntos, realizamos um meeeeeeeega ritual daqueles com essa mega ayahu
a
sca ainda quentinha saída da fornalha, os institutos auxiliados que não obtiveram da mega ayahuasca da lua azul no feitio passado poderão obter agora na quantidade que desejar desde que faça pedido com antecedência, os institutos auxiliados que já obtiveram alguns litros e estão pedindo mais para garantir bom estoque, fazendo pedido com antecedência poderão pegar mais também. Como disse anteriormente, temos muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito milhares de pés de jagubes grossos e sacos e mais sacos de folhas de chacrona maduras. Então, o que acham queridos?

*Contribuição 120 reais e nada alem disso. Nesse valor esta incluído todos os lanches,frutas, cafés da manha almoços e jantares, material utilizado nos diversos eventos etc, pelos 3 dias de sua permanência aqui na fazenda.
Obs: Parcelaremos em até 6 vezes tanto o valor da contribuição quanto da mega ayahausca que forem levar.

Aos Institutos Auxiliados também parcelamos o valor da encomenda feita. Não há necessidade de inscrição antecipadas, pode vir e fazer no dia, mas avise com antecedência a encomenda que deseja.
Nesta casa é expressamente proibido portar e usar: Bebida alcoólica, Cigarro, Maconha, LSD e demais tipos de drogas.

*O que trazer:
Seu Tambor e ou maracá.
Seu próprio Cachimbo, tabaco e isqueiro.
02 Vela 7 dias – Amarela e Vermelha.
01 vasos com flores – A que escolher.
Documentação (Rg original) – Não aceitamos xerox e nem a participação de pessoas sem documentos.
 Roupa de frio e de trabalho, Colchonetes e cobertor, e par de luvas para a bateção do jagube para não causar bolhas nas mãos.

 Mas que tal melhora isso ainda mais: O pessoal do curso Ayahuasca para Todos, gostariam de mais 12 litros desta mega ayahuasca? Também podemos isso arranjar querido, pois como já disse Jagubes grossos e chacrona temos em grandissí
 ssi
ma quantidades!

O me levou a ter essa idéia querido é o fato de desejar construir r
 á
pido um novo alojamento e de alvenaria para 350 leitos, de forma a acomodar confortavelmente os pacientes pós cirurgias espiritual, que são sempre muitos.
Então queridos, o que acham da minha proposta?
 Mas aguardem a confirmação do evento em nosso site, mas pode ir se programando viu, que estou de fato desejando isso realizar eheheh
abraços a todos
Xamã Gideon dos Lakotas

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Centro Espirita Ascensionado Céu Nossa Senhora da Conceição


          Em virtudes da Entrada da Nova Era no dia 21.12.2012, o Centro Espirita Ascensionado Céu Nossa Senhora da Conceição interrompe os trabalhos cedidos com a Ayahuaska em todos pontos de luz ao redor da região do Vale do Ribeira.

          Agora, inicia-se um Novo Trabalho da Luz, que é gratuito e sem uso de Ayahuasca, outra planta de poder ou qualquer outro tipo de "muleta espiritual". Trata-se das Sessões Mediúnicas Ascensionadas.

          As Sessões Mediúnicas Ascensionadas, serão abertas ao público a partir do dia 12 de outubro de 2013 onde será realizado no atendimento espiritual:

  • Diagnostico de doenças e problemas;
  • Tratamento Mediúnico;
  • Cirurgia Espiritual (quando necessário).
          Para participar é necessário usar roupas brancas e levar um vaso de flores (de sua preferência).

          O uso de remédios alopáticos da medicina dogmática científica em nada atrapalha os Tratamentos Mediúnicos e Cirurgias Espirituais.

          O Centro Espirita Ascensionado Céu Nossa Senhora da Conceição é uma entidade sem fins lucrativos, portanto é GRATUITO a todos as Intervenções Mediúnicas, Cirurgias Espirituais, bem como as Sessões de Cura e Elevação.


          Para quem ainda deseja continuar trabalhos com Ayahuasca Livre de máculas das Drogas e do Comércio, o Centro Espirita Ascensionado Céu Nossa Senhora da Conceição concede cursos aos finais de semana. Trata-se do projeto Ayahuasca Para Todos, onde quem quiser e tiver apto, poderá ter sua própria Ayahuasca de guarda para praticar rituais no altar de sua casa, em cunho religioso e sempre com seriedade, respeito e em Nome do Mestre Jesus.

          Fique por dentro dos eventos agendados no calendário.

Entrevista com Xamã Gideon dos Lakotas


ESCLARECIMENTO SOBRE PINDAMONHANGABA E ACONTECIMENTOS DE LÁ 

Queridos, é necessário que eu me manifeste em relação a mensagem dessas duas moças, Jessica e Fernanda. O feitor de ayahuasca que trabalhava comigo e que misturou sim outras plantas com ayahuasca, batizando-a, e que por isso o demiti é a pessoa que a Fernanda cita em sua mensagem. Seu nome é Veras, da cidade de Lucas do Rio Verde do Estado de Mato Grosso. Eu estava acompanhando sua movimentação meses antes, sabia de suas intenções, bem como das intenções articuladas em Pindamonhangaba, que aliás, naquele batismo do ano passado ficou tão translucido aos olhos de qualquer um o que de fato acontecia na mente do autor de tudo isso, inclusive comentei isso com outros irmãos que perceberam a mesma coisa, ou seja, a má intenção e inveja visível. Mas escolha é escolha, cada um faz a sua! Se desvincular e ir pra lá nenhuma diferença fez ou faz para nós, mas isso fazer sem avisar aos afilhados que confiavam neles, que se desvincularam daqui e ainda servirem a eles uma ayahuasca sem avisar que não era mais da ayahuasca confiável de minhas mãos, ah, isso sim é muito sério, é grave, e se chama traição com todas as letras em maiúsculo. Ao meu ver é questão inclusive judicial, caso alguém se sinta ofendido com isso que fizeram.
Também deixo aqui esclarecido que não fui informado em momento algum por este ponto de Pindamonhangaba de seu afastamento, simplesmente descobri através de uma pessoa que me deu um toque do que havia ouvido e ao constatar que tudo em seus sites referente ao CNSC haviam sido retirados: Isso também se chama falta de caráter. Inclusive tem lá textos escritos por mim e que colocaram minha autoria, mas sim frepay.
Se há qualquer mentira nessa mensagem, me processem! Mas o não farão, podem ter certeza disso, porque num tribunal a coisa pesa...
Peço a todos que desejarem, divulgar sim essa minha mensagem, assim tudo fica esclarecido e a paz volta a reinar.

Xamã Gideon dos Lakotas

domingo, 3 de março de 2013

Uma Entrevista Marcante e que Testifica


Muita Paz e muita Felicidade a todos. Que a Paz e a Luz de nosso Amado Mestre Jesus esteja em seus corações e mentes...
Segue abaixo uma entrevista que acredito que gostarão e que certamente é um registro do legado dessa OBRA:


Xamã Gideon dos Lakotas

Curso Ayahuasca para Todos - Aos finais de semana.
09 e 10 de Março - 12 litros entrega imediata. Saiba mais
Isto é Xamanismo na prática, quem ama liberta! Xamã Gideon dos Lakotas.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Daime para Todos aos finais de semana - 12 litros gratuitos e imediatos


Curso Ayahuasca para Todos - Aos finais de semana. 
09 e 10 de Março - 12 litros entrega imediata. Saiba mais
Isto é Xamanismo na prática, quem ama liberta! Xamã Gideon dos Lakotas.
Agora o Curso Ayahuasca para Todos acontece aos finais de semana e a pessoa estando apta recebegratuitamente de nós 12 litros de nossa forte ayahuasca quinto grau para o seu uso religioso individual no altar de sua casa. Antes o Curso acontecia em 4 dias, agora melhoramos ainda mais, agora ele acontece num final de semana. Assista ao vídeo do ultimo curso - Fevereiro de 2013 (Semana passada).

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CARTA ABERTA - O Racismo da União do Vegetal


CARTA ABERTA
O Racismo da União do Vegetal

Marcelo Henrique Ribeiro Borges[1]

O racismo é uma prática doentia e criminosa.
Atos horrendos de intolerância e desrespeito já foram perpetrados em nossa história motivados por formas de pensamento racistas. O extermínio dos corpos físicos é antecedido pela violência emocional e psicológica, primeiro agredindo os membros dos grupos étnicos perseguidos de modo sutil e subliminar, para posteriormente estabelecer estruturas rígidas de segregação e coação social. Atualmente existem sérias questões postas ao debate na sociedade brasileira a este respeito, a par da conquista de valorosos direitos alcançados nos últimos anos, as formas de atuação de grupos racistas comumente mantêm-se de forma velada e disfarçada, porém aplicam-se no interior de suas organizações a frieza e crueldade das formas de pensamento racista.
Ao tecer uma pesquisa sobre a “História da Ayahuasca no Brasil”, deparei-me com a existência de uma doutrina racista no interior de uma comunidade centrada no Rito de Comunhão da Ayahuasca. Os fatos são complexos e mereceram dez (10) anos de investigação, colhendo fontes de documentos orais relativos ao campo doutrinário da organização identificada como “União do Vegetal”, fundada por José Gabriel da Costa em 1961.
A pesquisa tornou-se pública em julho de 2012 com o lançamento do livro de minha autoria: “História da Ayahuasca no Brasil: um estudo ontológico sobre as fronteiras da travessia humana com o suprassensível”. O tema do livro não se restringe apenas ao caso da União do Vegetal, mas dentro do Capítulo VI (páginas 361 a 475) abordamos a questão com a devida seriedade que ela exige, expondo o centro ideológico da doutrina racista de eugenia. Exporemos de modo sucinto nesta Carta Aberta os principais elementos que compõe da doutrina de racismo da União do Vegetal, todavia, orientamos que a pesquisa deve ser complementada com a leitura integral do trabalho publicado no livro, uma vez que a escrita apresenta-se fundamentada com um eixo argumentativo dentro do arcabouço doutrinário.
São dois pontos centrais que fundam o racismo da União do Vegetal, o primeiro relaciona-se com a visão de inferioridade dos povos ameríndios na própria comunhão ancestral da Ayahuasca. O segundo diz respeito à pretensa origem inferior e negativa dos povos e indivíduos de epiderme escura a partir de sua origem ser determinada pela rebeldia de “Lúcifer” e ódio de “Caim”. Ao se tratar de argumentos no campo do imaginário religioso, somos obrigados a apresentar os argumentos na ordem destes mesmos termos.
Estas duas premissas de discriminação e racismo estão fundamentadas em duas histórias contadas por José Gabriel da Costa, o mestre fundador da União do Vegetal: a “História da Hoasca” e a “História da Criação”. A primeira história situa-se naquilo que é compreendido como a “grande revelação” do Mestre Gabriel, ele mesmo o mensageiro de Deus responsável em implantar na Terra a própria Ayahuasca em tempos imemoriáveis, antediluvianos, conforme está narrado no livro na página 379:

“A premissa da doutrina nasce por revelação das “recordações do mestre”, quando Gabriel teria se recordado de vidas antepassadas, sempre na forma de um enviado divino, indo até um reino mítico cujo soberano se chamava “Inca”: neste reino aconteceram milagres causadores do surgimento das plantas sagradas, o cipó e a folha, mas somente após o “dilúvio universal” – com é dito pela doutrina – a Ayahuasca foi feita pela primeira vez pelo lendário Rei Salomão, que serviu o primeiro cálice à “Caiano”, o “primeiro hoasqueiro”, uma encarnação passada de Gabriel, quando este adquiriu o “grau de mestre”. Assim sendo, a doutrina postula que ‘Mestre Caiano’ foi o primeiro ser vivente na Terra que comungou a bebida sacramental, sendo dele a realeza de todo o legado posterior… por isso é o “mestre superior” e nesta ocasião a “União do Vegetal” foi criada na Terra. No entanto, a lenda diz que por alguns motivos, após ‘Mestre Caiano’ instalar sua doutrina, a Ayahuasca ficou “esquecida”, quando então o “poder superior” ordena que o mesmo voltasse à Terra para “restaurar o Vegetal”, reencarnando com o nome de “Iagora” em meio aos índios no Peru, àquele que teria reconhecido as plantas e ensinado toda a tradição da Ayahuasca à todos os povos do mundo, ao passo que também contava a antiga história do “Rei Inca”… por isso o reinado do lugar teria recebido este nome… o reino do Inca… o “Reino Inca”. No decorrer dos acontecimentos, ‘Mestre Iagora’ teria sido assassinado pelos discípulos por causa de riquezas materiais, quando este se negava a dizer o local de uma “mina de ouro”, após este fato teriam nascido os “mestres da curiosidade”, bebendo o Vegetal sem a doutrina e contaminados pela raiva e cobiça. Tempos depois… o mesmo mestre retorna ao Brasil, nascendo em “Coração de Maria”: Mestre Gabriel, o autor da União do Vegetal.

Em nosso livro publicamos a íntegra da “História da Hoasca”, do mesmo modo dispusemos a narrativa contada na voz do próprio fundador, que atribuiu a si próprio o legado de ter ensinado o conhecimento sobre a Ayahuasca a todas as civilizações ancestrais da Cordilheira dos Andes e da Amazônia, assim os xamãs, pajés e caboclos são considerados “mestres da curiosidade” que teriam surgido após o degolamento de Iagora, pois começaram a beber o “chá” sem a orientação da União do Vegetal: sem sabedoria e apenas por diversão ou curiosidade: era o “cinema de índio”. Sendo assim, observamos claramente a presença de um discurso discriminatório e preconceituoso na doutrina implantada por José Gabriel da Costa, uma espécie de “etnocentrismo religioso”, fato que expressa claramente os objetivos de domínio do mundo pela organização, apresentado no arcabouço do livro “História da Ayahuasca no Brasil”. Uma contradição tácita, pois realizam a comunhão de um sacramento de tradição indígena e a partir do estado de consciência ampliado promovido pelo sacramento, disseminam uma doutrina que desqualifica todas as heranças culturais das nações ancestrais da América de pele vermelha.
Entretanto, apenas por esta lenda não será suficiente para desvendarmos o campo doutrinário do racismo, por isso completamos a exposição com a “História da Criação” que apresenta diretamente o viés narrativo de origem maligna dos povos e indivíduos de epiderme escura. Conforme está posto na página 454 do livro “História da Ayahuasca no Brasil”, a “História da Criação” é uma narrativa restrita ao “Corpo Instrutivo” e ainda assim costuma ser retida por um tempo desde a iniciação dos discípulos. Não obstante, toda a doutrina de Mestre Gabriel é alicerçada pela cosmovisão da “História da Criação”, inclusive a própria “História da Hoasca” só pode ser compreendida plenamente a partir da correlação destes ensinos. A fim de evitarmos qualquer mal-entendido a respeito do tema, a narrativa do mito de matriz racista será exposta nesta Carta Aberta conforme consta em nossas fontes de pesquisa: uma gravação aprovada em Sessão do “Quadro de Mestre Antigo”, realizada dia 17 de abril de 1987, no “Núcleo Mestre Rubens” em Jarú, Rondônia. O “Quadro de Mestre Antigo” é comumente é identificado “Conselho da Recordação dos Ensinos do Mestre Gabriel”, formado por discípulos de José Gabriel da Costa que foram diretamente aprovados por ele ao “grau de mestre”.

História da Criação aprovada pelo ‘Quadro de Mestre Antigo’ em Sessão realizada em 17 de abril de 1987 no núcleo Mestre Rubens, em Jarú- Rondônia.

No princípio de tudo só existia o universo e três “luiz” formando a Trindade: Pivô da NaturezaJean Bangulê e Luiz Bela. Luiz Bela tinha o nome de Luiz Bela porque entre as outras ‘luiz’, ela se destacava a mais bela. Luiz Bela recebeu a autorização das outras ‘luiz’ pra criar anjos: de um até nove anjos por minuto. Ela tinha um ramalhete e colocava aquele ramalhete em uma água, e de cada pingo daquela água que se desprendia, surgia um anjo, uma vida. Depois Luiz Bela se envaideceu achando que deveria criar mais anjos do que aquela quantidade que lhe havia sido autorizada. Quando iniciou criando mais anjos, as outras ‘luiz’ chamaram ela para não proceder daquela maneira, pois a autorização que ela tinha era para criar de um até nove anjos por minuto. Aí ela rebelou-se contra as outras ‘luiz’, porque ela era a luz que tinha o poder de criar anjos e chegou a criar até trezentos e sessenta e três anjos por minuto. Chegou a criar grandes legiões de anjos. E por ela não ter obedecido as outras ‘luiz’, foi transformada de Luiz Bela para Luiz Bel, e foi retirada da Trindade ficando a Divindade, formada pelas Luiz Jean Bangulê e Pivô da Natureza. Luiz Bel foi colocada no espaço onde não tinha ‘luiz’ com todos aqueles anjos que ela criou por conta própria. Jean Bangulê viu que aqueles anjos não tinham nenhuma culpa por terem sido criados. Pediu ao Pivô, a Natureza: “Senhor, há de ser criado um lugar onde esses anjos possam vir à ‘luiz’…”. Quando fez o pedido, o Pivô da Natureza disse: “É tu o Autor do Conselho e também das Trevas”. Com essas palavras, Jean Bangulê recebeu a transformação pra Autor do Conselho e também das Trevas. Com a palavra “É tu o Autor do Conselho e também das Trevas” houve a autorização pro início da criação do lugar pros anjos. O ar se condensou em grandes camadas, formando a terra e depois de pronta, recebeu o nome de “Chão”. Aí veio o Autor das Trevas a habitar, primeiro ser vivente que chegou a esse lugar. Com a vinda do Autor das Trevas, Luiz Bel recebeu uma transformação de Luiz Bel pra Lúcifer. O Autor das Trevas formou do pó da Terra uma estátua no formato de um homem. Depois de pronta, pôs a estátua de pé e disse: “DE PÉ SOU A DÃO”. Com a palavra “DÃO’, andou… De onde nasceu a palavra “pessoa”: “de pé-sou-a dão. Depois viu que pra sua missão necessitava de uma companheira. Adão adormeceu, o poder tirou de si uma costela, formou uma mulher e deu-lhe o nome de Eva. Tiveram diversos filhos: Caim, Abel, Genoveva, Abreu, Rebeca, Bicelona e Sete. Caim era lavrador, cuidava da lavoura. Abel era pastor, cuidava de ovelhas. Abel era um bom filho e por isso Caim achava que seu pai era mais dedicado a Abel. Por esse motivo, Caim sentiu inveja de Abel e com um pedaço de osso de animal, que já existia, assassinou o irmão. O sangue de Abel manchou lhe as mãos e aquela mancha foi se estendendo pelo corpo todo e com pouco tempo estava com a cor negra. Ficou envergonhado de vir na presença do Pai Adão, pelo que tinha feito, mas veio. Quando chegou, a sentença que o Pai Adão lhe deu, foi lhe entregar a irmã Genoveva e mandou que ele se afastasse da família. Daí então foi viver nas montanhas, dando origem aos caboclos bravos das florestas. Adão quando estava em pessoa na Terra, o claro que existia era o dele. O reflexo de sua ‘luiz’, clareava na região em que vivia. Depois do desencarnamento, Adão subiu pro Astral Superior de onde o Autor das Trevas está nos clareando, que conhecemos como Sol. Com o desencarnamento de Eva, ela subiu pro Astral Resplandecente de onde recebe o reflexo da ‘luiz’ do Sol e resplandece e hoje conhecemos como Lua.

Este é o mito fundante da doutrina de José Gabriel da Costa, o epicentro do racismo da União do Vegetal, que pela primeira vez ocupou espaço nas páginas de um livro de história. Este procedimento se fez necessário devido ao caráter que ele apresenta, pois em sua mensagem uma doutrina racista é implantada à sombra da lei e de qualquer princípio humano. Indo além do simples mito de superioridade da União do Vegetal e primazia de seu mestre fundador, a doutrina apregoa claramente uma suposta inferioridade por parte das pessoas de pele escura, eis o grande “segredo” dos “mistérios” que cercam a União do Vegetal. Uma aberração posta à contemporaneidade, que abomina através da Declaração Universal dos Direitos Humanos, qualquer forma de racismo e segregação étnica, portanto um crime classificado como hediondo pela Carta Magna da República Federativa do Brasil.
Ao analisarmos o fragmento do mito que tece a narrativa sobre a origem dos “filhos de Caim”, identificamos a matriz racista:

O sangue de Abel manchou lhe as mãos e aquela mancha foi se estendendo pelo corpo todo e com pouco tempo estava com a cor negra. Ficou envergonhado de vir na presença do pai Adão, pelo que tinha feito, mas veio. Quando chegou, a sentença que o pai Adão lhe deu, foi lhe entregar a irmã Genoveva e mandou que ele se afastasse da família. Daí então foi viver nas montanhas, dando origem aos caboclos bravos das florestas.

Num momento crucial da gravação, tentaram literalmente cortar a parte que anunciava a doutrina racista: “manchou lhe as mãos”, no entanto, seja lá quem tentou fraudar esta passagem, falhou em técnica, permanecendo a gravação de modo intacto, mesmo que em voz baixa, de tal forma orientamos aos leitores que verifiquem no arquivo de áudio e constatem por vossas próprias experiências. Este fato denota a consciência que o grupo tem da gravidade da doutrina, pois tentaram ocultar o fator de maior preponderância para que seus segredos não fossem abertos ao público. A doutrina posta desta forma jamais é transmitida abertamente dentro das “Sessões de Escala”, o processo de aliciamento ocorre aos poucos, primeiro “preparando a memória” dos discípulos, depois incutindo medo sobre punições sobrenaturais que recaem sobre os “rebeldes” que deixam vazar os “mistérios”, até se firmar um pacto de silêncio antes da “História da Criação” ser revelada. Mesmo sem concordar com a doutrina, os discípulos que ao longo da história se afastaram das organizações identificadas como “União do Vegetal”, preferiram se calar e permanecer em isolamento, tal foram os métodos de domínio e controle implantados durante as doutrinações com o Vegetal.
Uma única exceção se apresentou no rol de omissões e sentenças, esta veio pela voz de um médico psiquiatra, seu nome é Luiz Carlos Pimentel Alves e seu trabalho teve o objetivo de publicar a “A Criação do Universo pela Religião da Hoasca”, um livro de vertente religiosa. Citamos esta obra apenas por ser outra referência que corrobora com a versão do mito da criação apresentado em nosso trabalho (ALVES, 2007: 52-55).

O fato está consumado.
A pesquisa levantou duas fontes de narrativa sobre a “História da Criação” pela União do Vegetal, as duas narrativas apresentam a explicação de que um crime fez surgir a primeira pessoa de “cor negra” ou “cor preta”: Caim, visto como um assassino invejoso e enciumado, seus filhos seriam os “caboclos bravos das florestas”. A história ainda apresenta duas perspectivas de reflexão, a primeira diz respeito à geração da “Trindade”, pois num plano inicial a “Luiz Bela” estava criando os “anjos” dentro da “obediência”: nove por minuto. Estes anjos criados permaneceram na “luz”, encarnando como uma linhagem de filhos obedientes de Adão, claros e puros. Os demais “anjos” criados foram filhos da desobediência, portanto são filhos da rebeldia de Lúcifer e ódio de Caim, por isso estes deveriam passar pelo processo de evolução espiritual, necessitando “limpar as trevas do coração”: nasceriam primeiramente como animais e depois como pessoas humanas. Sendo espíritos inferiores, a doutrina de José Gabriel da Costa ensina que primeiro encarnariam com a mancha do pecado de Caim na pele, ou seja, com a pele escura pelas trevas, após o processo evolutivo de “purificação” através da dor e do sofrimento, receberiam gradativamente a “luz no coração”, clareando a cor da pele.
Esta doutrina aplica-se na perspectiva de “purificação” da humanidade pelo branqueamento da epiderme. Acredita-se que os espíritos inferiores e malignos nascem com as “trevas no coração”, representadas por uma pele escura; enquanto os espíritos superiores e benignos nascem com a “luz no coração”, representada por uma pela clara: assim cada geração deveria se esforçar por clarear a pele de seus filhos, eliminando da Terra toda forma de trevas e escuridão, pois quanto mais branca é uma pessoa, mais pura ela seria… Tal preceito aplicado às questões étnico-raciais é classificado como EUGENIA: uma forma de pensamento criminoso que produziu barbáries na história humana, de modo mais recente teve sua aplicação durante o regime nazista de Adolf Hitler a partir das “Leis de Nuremberg”.
O absurdo de um pensamento como este se manifestar no Brasil representa uma negação sobre toda a história cultural de miscigenação, sincretismo e hibridismo. A maior contradição ainda se aplica a outras duas questões sobrepostas: a doutrina racista de eugenia nascer pela obra de um baiano de pele escura e ainda fazendo uso da Ayahuasca, um sacramento indígena, para sua difusão e doutrinação. Mas sem se furtar à explicação dos “fatos”, José Gabriel da Costa dizia que sua manifestação através desta forma era no “cumprimento de uma missão”, pois veio justamente entre as “trevas” para trazer a “luz”, nasceu com a pele escura para servir de exemplo a todos… para que ninguém duvidasse de sua palavra, uma vez que se fosse ao contrário, o “grande ensino da pureza” poderia sofrer rejeição, isto caso sua pele fosse clara.
Estas são as principais considerações sobre a doutrina racista da União do Vegetal, através do livro “História da Ayahuasca no Brasil: um estudo ontológico sobre as fronteiras da travessia humana com o suprassensível” todos os leitores interessados no tema poderão identificar todos os eixos de argumentação e conduta que acompanham o mito da criação por José Gabriel da Costa. De fato, identificamos no decorrer desta pesquisa, que o sacramento ancestral tem sido usado nesta vertente para a propagação de uma doutrina racista com preceitos de eugenia. O ideal de beleza e perfeição da cor de pele branca assumiu patamares tão fortes no imaginário de José Gabriel da Costa, que sua “profecia” sobre seu retorno inclui no repertório de poderes, a encarnação num “corpo puro”, sem manchas, nem véus, daí o “mistério” do nome JACINTO LUZ TABOA: “já sinto que a luz está boa”… ou seja: um rei de pele branca para o Brasil. No estudo ontológico sobre a condição humana do ser em si, identificamos os fortes sinais de um ideal de superioridade por quem atravessara grandes dificuldades e angústias de existência, seja como jovem apartado da família em Salvador, fugitivo da polícia, escravo nos seringais, trabalhador explorado, pai de família carente, negro discriminado e… por fim, paciente em estado terminal.
Alguns colaboradores desta pesquisa, por vezes ponderaram se a exposição de todas estas questões não poderia “depor contra a própria Ayahuasca”, considerando todos os problemas existentes ainda de graves dimensões na sociedade… contudo, nossa responsabilidade perante o conhecimento se afirmou mais alta do que qualquer outra conjectura. Quando iniciamos a investigação, nem imaginávamos que alcançaríamos uma reflexão tão profunda e que os “segredos e mistérios” da União do Vegetal seriam tão sérios, por diversas vezes também ponderamos sobre a possibilidade de alteração do foco de pesquisa ou mesmo desistência do trabalho, mas novamente a voz da responsabilidade histórica falou mais alto em nossa consciência. O ponto central de nossa reflexão concentrou-se no fato único de que, até o presente momento, apenas esta pesquisa concatenou todo este corolário em um único trabalho, então por uma questão de justiça em amor à sabedoria, decidimos torná-lo público.
Tampouco consideramos que a exposição de questões como estas podem vir a “depor contra a Ayahuasca”, pois a bebida sacramental nada tem a ver com o imaginário de quem a ingere, muito menos com a conduta que desempenham. O caso da doutrina racista deve ser analisado com toda a seriedade que o tema exige, inclusive pelos responsáveis constituídos na letra da lei para assegurar o cumprimento da Carta Magna em respeito a todos os cidadãos deste país, princípio expresso no Estatuto da Igualdade Racial e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os elementos componentes da doutrina foram expostos em sua íntegra, todos baseados em fontes advindas da própria União do Vegetal, aos discípulos que tem em seu ato de fé os valores estudados, deixamos o nosso trabalho como ponto de reflexão, sabendo que somente a partir da “Edição Final” poderemos dar um retorno aos anseios e críticas que se apresentarem. Ressaltamos que temos a plena consciência da seriedade das questões postas e ainda desafiamos qualquer pesquisador a identificar qualquer tipo de fraude ou manipulação tendenciosa em nosso ofício de historiar o passado, todas crônicas apresentadas foram acompanhadas por fontes primárias ou secundárias, sejam elas referências bibliográficas, depoimentos da tradição oral ou o próprio arcabouço doutrinário coletado em nossa pesquisa de campo.
Por fim, esclareço às autoridades públicas e dirigentes de movimentos da sociedade civil organizada, que desde o mês de junho de 2012 temos este tema exposto em nosso espaço virtual, do mesmo modo o livro está publicado desde julho deste mesmo ano, todavia até o presente momento não registramos nenhum posicionamento formal da organização responsável pela disseminação da doutrina racista de eugenia: o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. É de se estranhar que uma organização com tentáculos até no exterior, não se veja obrigada a responder um tema de tão vultosa polêmica. Não obstante, já no ano de 2010, durante uma Audiência Pública realizada na “Comissão de Combate ao Crime Organizado” da Câmara dos Deputados, o tema do racismo entre “comunidades ayahuasqueiras” havia sido levantado por minha própria pessoa. Portanto, identificamos neste silêncio tácito, uma forma covarde de negação do debate a fim de evitar que a questão seja levada ao conhecimento das autoridades públicas do Estado brasileiro.
De tal forma, perante toda a nação brasileira, na condição de autor do livro e da denúncia sobre o racismo da União do Vegetal, reafirmo minha inteira responsabilidade sobre este processo, estando à disposição de todas as autoridades competentes do Estado, bem como dos movimentos sociais interessados em debater a questão. A doutrina é objetiva quanto à origem maligna dos povos e indivíduos de epiderme escura, logo, a conduta dos membros destas organizações não é pautada por uma prática de respeito e tolerância, todavia o processo de lavagem cerebral aplicado aos discípulos os faz agir de modo temeroso e atormentado, mesmo quando afastados da União do Vegetal, fato que exige uma profunda e eficaz investigação pelo Ministério Público Federal e demais forças competentes do Estado.
Estas são as minhas palavras nestes momentos. Todos aqueles que apresentarem alguma dúvida ou discordância dos temas expostos nesta pesquisa, seja em nosso espaço virtual, canal do “youtube” ou no próprio livro, que apresentem tais questões com a mesma seriedade que apresento, honrando seu nome e se identificando conforme os preceitos legais da legislação nacional. Tentativas de intimidação, calúnia, difamação e ameaças, já são vistas apenas como ações de mentes tacanhas e covardes. Que o esclarecimento da verdade prevaleça pelo ideário do nascimento de uma nova sociedade, mais humana e fraterna: por este sonho entrego a minha vida.

Goiânia, 27 de novembro de 2012


Marcelo Henrique Ribeiro Borges


[1] Autor do livro “História da Ayahuasca no Brasil: um estudo ontológico sobre as fronteiras da travessia humana com o suprassensível” (Goiânia, Editora Kelps: 2012 – ISBN: 978-85-400-0479-5 / CDU: 111.1);


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